6 de maio de 2013
William Lima
Uma das predições dos modelos inflacionários para o Universo primordial é o espectro de perturbações produzido sobre o fluido
cosmológico ao final da fase inflacionária. Essas perturbações
definem as condições iniciais para a formação das estruturas que hoje
observamos no Universo e estão impressas na Radiação Cósmica de Fundo
na forma de suas anisotropias. A origem dessas perturbações são
flutuações quânticas inevitavelmente presentes no estado de vácuo do
campo gravitacional primordial. A despeito da origem quântica das
condições iniciais, o estado do Universo que hoje observamos
apresenta características clássica. A pergunta que se coloca, então,
é de como se dá essa transição. Dois pontos importantes para a
abordagem desse problema são a imensa expansão pela qual passa o
espaço-tempo durante a fase inflacionária e o fato de que as
perturbações são descritas por um estado quântico muito comprimido. O
objetivo da primeira parte deste Journal Club é discutir as
propriedades de estados comprimidos em sistemas quânticos simples e,
em particular, suas características clássicas.